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Drex: O que é e como vai funcionar essa moeda digital?

O Drex é uma inovação que otimiza as transações financeiras digitais no Brasil. Descubra como é e como funciona.

Financeiromarço 28, 2024
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Nos últimos anos, observamos o crescimento da tokenização da economia. Essa prática envolve a conversão de ativos físicos – ou instrumentos financeiros – em ativos digitais.

De acordo com o WEF (Fórum Econômico Mundial) e o BCG (Boston Consulting Group), o valor da economia tokenizada entre 2027 e 2030 pode alcançar US$ 16 trilhões – cerca de 10% do PIB global. Diante dessa tendência, surge o Drex.

Mas afinal, o que é o Drex e como vai funcionar? Quais são as suas características e fases de implementação? Neste artigo, explicaremos em detalhes essa nova forma de moeda digital e suas implicações para o futuro da economia nacional e global. Confira os próximos tópicos!

O que é Drex?

Explicando de maneira simples, o Drex – também chamado de Real Digital ou CBDC (Central Bank Digital Currency) -, é a versão eletrônica da moeda nacional. Ou seja, representa as cédulas físicas de maneira digital. A inclusão da letra “X” no acrônimo “Drex” simboliza modernidade e conexão; evidenciando a natureza avançada e eletrônica da plataforma.

Além de ser o projeto de moeda digital do Banco Central do Brasil (BCB), o Drex funciona como uma plataforma destinada a abrigar a versão eletrônica de diversos tipos de ativos, como propriedades, automóveis, ações e outros títulos. Essa iniciativa promoverá transações financeiras mais céleres e eficazes. Dessa forma, se ampliará a liquidez e a acessibilidade aos diferentes ativos representados digitalmente na plataforma.

Como funcionará o Drex?

Quanto ao funcionamento, o Drex será baseado na facilitação de diversas transações financeiras seguras envolvendo ativos digitais e contratos inteligentes. Esses serviços financeiros avançados serão processados pelos bancos dentro da plataforma Drex do BCB.

Para acessar a plataforma Drex, será necessário contar com um intermediário financeiro devidamente autorizado. Esse intermediário realizará a transferência dos fundos depositados na conta para a carteira digital do Drex. Sendo assim, é feita a realização de transações envolvendo ativos digitais.

A imagem abaixo ajuda no entendimento sobre o funcionamento do Drex.

Fonte: Banco Central do Brasil (BCB)

O projeto do Drex foi apresentado pelo BCB em 2023. Inicialmente, previa-se que a tecnologia fosse experimentada pela população entre o final de 2024 e o começo de 2025. Porém, existem grandes possibilidades de que esse prazo seja estendido.

Entre as razões, estão alguns desafios na implementação, como: ativação da rotina normal pelos servidores do BCB e a obrigação de assegurar o correto funcionamento da plataforma. Atualmente, o Drex está em projeto piloto – que é um espaço cooperativo destinado à experimentação e ao avanço com tecnologia DLT (Distributed Ledger Technology).

Esse é um sistema distribuído de registro para transações envolvendo o Real Digital. O objetivo principal é avaliar a robustez da infraestrutura e a proteção da privacidade dos dados que serão compartilhados na rede.

As principais características do Drex incluem:

  • Classificação como Central Bank Digital Currency (CBDC) ou Moeda Digital de Banco Central;
  • Emissão e custódia sob responsabilidade do Banco Central;
  • Cotação atualizada em relação a outras moedas equivalente à do real;
  • Distribuição ao público intermediada pelos bancos;
  • Promessa de maior segurança jurídica e privacidade no compartilhamento de dados.

Qual é a diferença entre Drex e Pix?

Tanto o Drex quanto o Pix são produtos digitais que visam simplificar as transações financeiras. No entanto, ambos apresentam diferenças significativas. Enquanto o Drex representa uma forma de moeda digital, o Pix funciona como um sistema de pagamento instantâneo.

Podemos dizer que uma das principais dessemelhanças entre eles está na base tecnológica e no propósito. O Pix viabiliza transações instantâneas em tempo real, ao passo que o Drex é uma representação virtual de uma unidade monetária.

Para uma melhor compreensão, o Pix equivale ao sistema de transação em si – assemelhando-se aos conhecidos TED e DOC. Já o Drex é o próprio valor monetário que está sendo transferido, mas de forma digitalizada. Em suma, o Drex pode ser empregado no Pix, em transferências entre contas ou em pagamentos.

Embora compartilhem tecnologias similares e sejam considerados “primos” devido às suas características e propósitos próximos, eles não estão destinados a substituir um ao outro. O Drex, por exemplo, tem o potencial de afetar o sistema financeiro de maneira mais abrangente, diferenciando-se do Pix nesse aspecto.

Será que o Drex é uma criptomoeda?

Não, o Drex não é uma criptomoeda. A principal distinção entre ambos reside no fato de que a regulamentação e o controle da moeda virtual brasileira ficarão totalmente sob a responsabilidade do Banco Central.

Por outro lado, as criptomoedas operam com uma gestão descentralizada. De maneira geral, o Drex será emitido da mesma forma que o Real convencional. Em contrapartida, as criptomoedas não estão sujeitas a qualquer tipo de fiscalização ou regulamentação no Brasil.

Por isso, são caracterizadas como transações financeiras anônimas. Sendo assim, os próprios usuários atuam como reguladores, o que nem sempre garante segurança ou transparência. Outra diferença é que, no mercado financeiro, as criptomoedas são tratadas como ativos ou investimentos.

Enquanto o Drex será uma moeda nacional. Isso permitirá que os cidadãos realizem uma ampla variedade de compras e transações financeiras. O mesmo não se aplica às criptomoedas devido à sua falta de reconhecimento legal como moeda corrente.

Quais serão os passos para o lançamento do Drex?

Durante a etapa de testes piloto, um cenário específico será explorado: a troca de um título federal tokenizado entre usuários de diferentes instituições financeiras. Essa fase visa avaliar a eficácia do Real Digital. Além disso, busca estabelecer, assegurar a segurança e privacidade da rede na qual a CBDC operará.

Após a conclusão da fase piloto, haverá uma análise sobre os projetos e o próprio Real Digital. O objetivo é identificar possíveis vantagens oferecidas pelo Drex ou quaisquer ajustes necessários. Completada essa etapa, seguir-se-á para a terceira fase, que consiste na efetiva implementação do Real Digital na economia brasileira.

A imagem a seguir, ilustra as fases de implementação do Drex.

Fonte: Banco Central do Brasil (BCB)

Sem dúvidas, o Drex é um novo capítulo na história do setor financeiro no Brasil. Com certeza, facilitará muito os serviços e movimentações da moeda nacional. Além disso, a implementação dessa tecnologia leva o país em direção ao futuro tecnológico, desburocratizado e eficiente.

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