O que é Fingerprint Device e por que ele é importante para o combate às fraudes?
Saiba o que é fingerprint device, uma técnica que identifica as características únicas do dispositivo usado para realizar transações financeiras.
As transações financeiras realizadas pela internet estão cada vez mais comuns, mas também mais vulneráveis a fraudes. Para proteger os usuários e os negócios digitais, existem diversas técnicas de segurança cibernética, como o fingerprint device.
Neste artigo, você vai aprender o que é fingerprint device, como ele funciona, quais são os dados que ele extrai do dispositivo e como ele é usado no combate à fraude. Você também vai conhecer os desafios e as vantagens dessa tecnologia em relação aos cookies e à LGPD.
O que é Fingerprint?
Imagine que cada dispositivo tivesse uma marca única, capaz de diferenciá-lo de tantos outros, como se fosse uma impressão digital. Isso é o que chamamos de fingerprint device, ou impressão digital do dispositivo.
Trata-se de um método para identificar um dispositivo específico (como um computador ou um smartphone) utilizando uma combinação de atributos fornecidos pela própria configuração do aparelho. Essas especificações coletadas vão depender de quem constrói o fingerprint.
Essa ferramenta é bastante utilizada na prevenção a fraudes cibernéticas e proteção de transações financeiras.
Como funciona?
O fingerprint device funciona como um scanner, captando e registrando diversas informações e características do dispositivo, como:
- a forma como o usuário segura o aparelho na mão;
- a velocidade e estilo de digitação;
- o endereço IP;
- os cabeçalhos HTTP;
- os plugins ou fontes que o usuário instalou no dispositivo;
- a resolução de tela do dispositivo;
- as informações da bateria do dispositivo;
- o sistema operacional de uso do visitante;
- os agentes de usuário;
- os dados Flash;
- a VPN e as informações do navegador;
- o tipo de navegador da web e a versão;
- as configurações de fuso horário;
- as configurações de idioma;
- o identificador do dispositivo (device ID);
- o fabricante do dispositivo;
- o modelo do dispositivo;
- a operadora de telefonia;
- as redes de wi-fi que acessa;
- a geolocalização;
- o IMEI.
O objetivo do fingerprint device é evitar fraudes, independentemente se os criminosos têm a posse dos dados do usuário ou se estão usando um dispositivo diferente. Nessas situações, o sistema identifica o Device ID — ou seja, identidade de dispositivo.
Qual a diferença entre Fingerprint e Cookie?
A principal diferença entre cookies e fingerprint é que cookies são pequenos arquivos de texto que são armazenados no seu computador pelo navegador e contêm informações sobre você e suas atividades online. Eles são usados para lembrar suas preferências e para rastrear sua atividade online.
Por outro lado, fingerprint é uma técnica de rastreamento que usa informações sobre o seu dispositivo para criar uma identificação única para você. Essas informações podem incluir o seu endereço IP, tipo de navegador, sistema operacional e outras informações técnicas.
O uso desses cookies pode ser bloqueado pelo navegador. O fingerprint, porém, é mais difícil de bloquear do que cookies e pode ser usado para rastrear sua atividade online mesmo se você limpar seus cookies.
Qual a importância no combate às fraudes?
O fingerprint device, ou dispositivo de impressão digital, é uma tecnologia importante no combate a transações fraudulentas, pois permite uma autenticação mais segura e precisa do usuário ou do dispositivo utilizado na transação.
Ao coletar atributos únicos do dispositivo, como a placa mãe e o processador, por exemplo, é possível identificar de forma precisa o dispositivo utilizado na transação e determinar se é diferente do que o usuário está acostumado a usar.
O fingerprint device dificulta a ação dos fraudadores que tentam se passar por outros usuários ou criar contas falsas. Por exemplo, se um fraudador tenta acessar a conta bancária de um usuário legítimo usando um equipamento diferente, o sistema antifraude pode detectar essa anomalia e bloquear o acesso ou solicitar uma confirmação adicional.
Da mesma forma, se um fraudador tenta criar várias contas usando o mesmo dispositivo, o sistema antifraude pode identificar essa repetição e impedir o cadastro.
Isso ajuda a reduzir as chances de uso de equipamentos fraudulentos para realizar transações ilegais ou acesso indevido a contas bancárias. Afinal, o fingerprint device ajuda a garantir a autenticidade do dispositivo utilizado na transação.
Ele está alinhado com a LGPD?
A LGPD é a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que entrou em vigor em 2020 para proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e a livre formação da personalidade de cada indivíduo.
A lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de garantir a transparência, a segurança e o controle dos dados pelos titulares.
A LGPD foi importante para preservar os direitos e a privacidade dos usuários, pois estabeleceu uma série de princípios, direitos e deveres para o tratamento de dados pessoais, como o consentimento, a finalidade, a necessidade, a qualidade, a não discriminação, a responsabilização e a prestação de contas.
A lei também criou a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que é o órgão responsável por fiscalizar e aplicar sanções em caso de violação da norma.
No entanto, a LGPD também se tornou um desafio para sistemas antifraude, uma vez que dependem da coleta de dados pessoais para determinar a autenticidade do usuário.
Um exemplo de sistema antifraude é o fingerprint device, que é uma técnica que identifica as características únicas do dispositivo utilizado pelo usuário, como o modelo, o sistema operacional, o navegador, os aplicativos instalados, entre outros.
Essas informações são usadas para criar uma impressão digital do dispositivo, que pode ser comparada com outras impressões digitais armazenadas em um banco de dados para verificar se há indícios de fraude.
O fingerprint device funciona como uma ferramenta na prevenção e no combate à fraude, mas que também deve respeitar os limites impostos pela LGPD. Isso significa que o sistema deve informar ao usuário sobre:
- a coleta e o tratamento dos dados do dispositivo;
- obter o seu consentimento quando necessário;
- garantir a segurança e a confidencialidade dos dados;
- permitir o exercício dos direitos dos titulares;
- atender às exigências da ANPD.
Além disso, o sistema deve se basear em critérios objetivos e transparentes para identificar possíveis fraudes, evitando discriminações ou prejuízos indevidos aos usuários.
Sem dúvida, o fingerprint representa um avanço importante nas técnicas antifraude, funcionando no background do sistema, sem comprometer a experiência do usuário. Mas também é preciso levar em conta as normas definidas pela LGPD a fim de garantir o direito à privacidade dos usuários.
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