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Mercado de adquirência no Brasil: cenário e perspectivas

O mercado de adquirência no Brasil está prestes a passar por mudanças significativas. Fique por dentro dessa revolução!

Meios de pagamentosjulho 03, 2024
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O mercado de adquirência no Brasil apresenta indícios de grande transformação e está crescendo em um terreno fértil para muito crescimento e inovação. O avanço tecnológico e novas normas regulatórias estão forçando o sistema a se desenvolver e fomentar a inovação no setor.

Neste artigo, vamos apresentar como está o cenário atual do mercado de adquirência e o que podemos ter de perspectivas em um futuro próximo.

Evolução do mercado brasileiro

Nos últimos anos, o mercado de adquirência no Brasil passou por transformações significativas. Novos players surgiram, tecnologias avançaram e a concorrência se intensificou. As maquininhas de cartão, antes restritas a grandes estabelecimentos, agora estão nas mãos de pequenos empreendedores e até mesmo vendedores ambulantes.

Para entendermos o cenário atual, podemos relembrar um pouco alguns dos principais avanços dos últimos anos. Podemos iniciar com a entrada das subadquirentes. Essas instituições atuam como intermediadoras de pagamentos eletrônicos que atuam junto a estabelecimentos comerciais de menor porte e negócios online.

Elas foram as grandes responsáveis por possibilitar que esses estabelecimentos aceitassem cartões como meio de pagamento, mesmo sem acesso direto às credenciadoras.

Com a abertura do mercado financeiro, foi permitida a entrada de novas adquirentes e subadquirentes, ampliando as opções de bandeiras aceitas. Durante muito tempo, o mercado financeiro brasileiro era ultra concentrado em apenas duas instituições, muito devido a normas legais que dificultavam o ingresso de novos players.

Assim, no ano 2000, somente a Cielo e a Rede atuavam como adquirentes no sistema financeiro brasileiro. Mesmo com a entrada da Getnet em 2023, 95% do mercado ainda estava sob o guarda-chuva das duas principais instituições.

Em 2010, porém, com  a nova regulação do Banco Central, houver maior incentivo à abertura do mercado  e novas instituições começaram a surgir: Stone em 2014, Mercado Pago em 2015 como subadquirente, a Adiq no mesmo ano — como o diferencial de fornecer infraestrutura para subadquirentes — e PagSeguro em 2018 como nova adquirente. Em 2020, já eram mais de 300 adquirentes e subadquirentes ativas no mercado.

Open Finance e seu impacto no mercado

O Open Finance, também conhecido como sistema financeiro aberto, é um sistema que permite aos clientes de serviços financeiros compartilhar suas informações entre diversas instituições autorizadas pelo Banco Central. Ele também representa um grande salto no sistema financeiro do país.

O sistema possibilita a movimentação de contas bancárias através de diferentes plataformas, não se limitando apenas ao aplicativo ou site do banco. É projetado para ser seguro, rápido e conveniente. Sua criação tem por propósito promover alguns impactos importantes, como:

  • maior competição: instituições podem acessar dados dos clientes com permissão, permitindo ofertas mais competitivas e vantajosas;
  • experiência do usuário aprimorada: facilita o gerenciamento financeiro dos usuários, permitindo visualizar informações de diferentes contas e serviços em um único local;
  • participação regulada: somente instituições autorizadas pelo banco central podem participar, garantindo segurança e conformidade;
  • governança e implementação: existe uma estrutura de governança responsável pela implementação padronizada das diretrizes do Banco Central, assegurando a integridade do sistema.

Como Open Banking, a criação de produtos inovadores no mercado financeiro é bastante potencializada, mesmo no mercado de adquirência. Com tantas evoluções tecnológicas e regulatórias, é natural que o mercado de adquirência passe por profundas transformações, e estamos em um mar azul para o surgimento de novos players.

Perspectivas do mercado de adquirência

Para avaliar o setor de adquirência, que envolve os meios de pagamento eletrônicos, podemos tomar por base o documento Perspectivas 2024, produzido pelo setor de investimentos do Banco do Brasil. O relatório faz um levantamento da performance e expectativas de cada setor, com potenciais e riscos de investimentos.

Em relação ao mercado de adquirência, o setor  é descrito no documento como um ambiente de alta competição e pressão competitiva, com a presença de novos players e soluções financeiras que podem ameaçar o modelo de negócios atual. Veja alguns motivos por trás dessa avaliação.

Com as novas normas e tecnologias — como o Open Finance —, o mercado se abre para novos participantes. E isso pode desafiar empresas estabelecidas. Vimos isso acontecer fortemente com os bancos digitais, em que as instituições tradicionais precisaram tirar o atraso e fornecer aos clientes interfaces mais eficientes e um custo menor pelos serviços.

Hoje, com barreiras de entrada relativamente fracas, fica mais fácil a entrada de novos competidores, que podem apresentar produtos inovadores e mais atraentes do que os fornecidos pelos players atuais.

Outra razão de ameaça ao modelo atual é que, apesar da evolução regulatória e tecnológica, ainda há pouca diferenciação entre produtos fornecidos O que antes era aspectos de diferenciação, como fácil abertura de contas bancárias, baixo custo e acesso ao crédito, hoje é uma prática comum entre as instituições, o que aumenta a competição.

As empresas, então, buscam maneiras de inovar em serviços e produtos para aumentar não somente sua base de clientes, mas também a rentabilidade extraída desses usuários.

A perspectiva para 2024 é que o cenário continue desafiador, ofuscando iniciativas estratégicas das principais companhias do setor. Trata-se de um um momento de transformação, com a necessidade de adaptação às novas condições de mercado e inovação constante para manter a relevância.

O futuro da Adquirência

O mercado de adquirência, que historicamente foi dominado por algumas grandes empresas, está passando por uma transformação. A descentralização é uma tendência clara, com a entrada de novos players no cenário.

Fintechs, startups e provedores de serviços estão ganhando espaço, oferecendo alternativas às adquirentes tradicionais. Essa diversificação é positiva para o mercado como um todo, pois estimula a competição e a inovação. As empresas estabelecidas precisam se adaptar a essa nova realidade, buscando diferenciação e mantendo a qualidade dos serviços oferecidos.

Com a descentralização, a concorrência naturalmente se intensifica. As adquirentes estão competindo não apenas entre si, mas também com novos entrantes. Isso é benéfico para os consumidores, pois incentiva a melhoria dos serviços e a oferta de soluções mais atraentes.

As empresas precisam se esforçar para conquistar e reter clientes, o que pode resultar em taxas mais competitivas, atendimento personalizado e funcionalidades inovadoras. O aumento da concorrência é um impulso para a evolução do mercado como um todo.

Uma das tendências mais interessantes é o surgimento do modelo de Adquirência como Serviço (AaaS). Nesse cenário, empresas podem contratar provedores especializados para lidar com a infraestrutura de aquisição de pagamentos bem como a burocracia regulatória. Isso simplifica processos, reduz custos e permite que os negócios foquem no que realmente importa: a experiência do cliente.

O AaaS é uma abordagem flexível e escalável, especialmente para pequenos e médios empreendimentos que desejam oferecer pagamentos eletrônicos sem grandes investimentos em tecnologia. Essa tendência tem o potencial de democratizar ainda mais o acesso à adquirência, tornando-a acessível a um número maior de empresas.

O futuro do mercado de adquirência no Brasil é promissor. A descentralização, a concorrência acirrada e o surgimento de novos modelos de negócios estão impulsionando a inovação. Os consumidores serão os principais beneficiados, com mais opções, serviços personalizados e tecnologias avançadas à sua disposição.

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